A nutrição e o exercício do diabético

10 Ago

Se você tem diabetes ou apresenta um ou vários fatores de predisposição (tais como antecedentes familiares, sobrepeso ou pressão arterial alta), é importante que tenha uma alimentação adequada para manter a doença sob controle. Os Cadernos de nutrição, publicados por “Fomento de Nutrición y Salud A.C.” do México, recomendam consumir alimentos de origem animal com baixo teor de lipídios, como peixe, frango sem a pele, queijos frescos ou sem processo de envelhecimento e reduzir a carne de vaca, a de porco, os embutidos e, em geral, alimentos preparados com excessiva quantidade de manteiga, óleo ou creme.

A dieta deve ser variada em cereais integrais, frutas e verduras, principalmente as ricas em fibras. É importante que o diabético consulte um nutricionista que prescreva um regime alimentar adequado para suas características pessoais. Além do controle nutricional da diabetes, é fundamental incorporar à atividade diária um programa de exercícios que ajude e torne a vida mais agradável. A atividade física ajuda o paciente a aproveitar melhor a insulina do seu organismo e está comprovado que aumenta a tolerância à glicose no sangue. Também beneficia o coração, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda a manter o peso ideal. As atividades físicas mais simples e aconselháveis são as aeróbias de baixo impacto, como as caminhadas e a natação, estando proibidos os esportes intensos ou estressantes. Sugere-se começar com um programa que aumente a atividade gradualmente, sem chegar ao cansaço extremo, e que possa ser feito várias vezes por semana. É muito importante usar calçado confortável e adequado, examinar os pés antes e depois de cada sessão (os diabéticos podem perder a sensibilidade nas extremidades e uma lesão pode passar desapercebida) e tomar líquidos durante e depois da atividade física. Recomenda-se realizar um exame médico completo antes de iniciar um programa de exercícios e perguntar ao médico qual a dose de insulina – quando for necessária – segundo a atividade física realizada.

Cumpre lembrar que em julho de 1997 a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes, aprovaram a seguinte classificação: Diabetes melito tipo I: é uma doença que destrói as células betas do pâncreas, que são as células produtoras de insulina. Os pacientes necessariamente devem receber injeções dessa substância. Geralmente acomete pessoas jovens e aparece de modo repentino. Antes era conhecida com o nome de diabetes insulino-dependente. Diabetes melito tipo II: acomete indivíduos que apresentam resistência à insulina e, por conseguinte, uma deficiência na sua produção. Aparece lentamente na idade adulta ou senil e os pacientes respondem favoravelmente com uma dieta adequada ou com o uso de pílulas hipoglicêmicas, que diminuem o excesso de glicose no sangue. A alimentação e o exercício são elementos fundamentais para o controle da doença e para a melhora da qualidade de vida do paciente com diabetes.