Subir escadas reduz risco de câncer

10 Ago

Quem troca o elevador pela escada – desde que não seja a rolante – ganha um crédito para a saúde. Um estudo desenvolvido pela médica I-Min Lee, pesquisadora do departamento de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que subir escadas e caminhar reduz pela metade (50%) o risco de morte por câncer de pulmão. A pesquisa acompanhou 13.485 homens, com idade média de 57 anos, ao longo de 25 anos e enfocou unicamente essas duas formas de exercício. Os indivíduos que percorriam maiores distâncias em caminhadas (mais de 20 quilômetros por semana) apresentaram um risco de mortalidade 80% menor do que aqueles que caminharam menos de cinco quilômetros por semana. E aqueles que tinham o hábito de subir cerca de três lances de escada (35 degraus) semanalmente tiveram o risco de desenvolver câncer de pulmão reduzidos em 40%.

A pesquisa avaliou ainda o índice de massa corporal dos voluntários e se eles fumavam (não houve controle dos hábitos alimentares). Melhoria do sistema imunológico Sabe-se que a prática de atividades físicas moderadas (30 minutos por dia) incrementa o sistema imunológico porque estimula a produção de substâncias antioxidantes, as chamadas natural killer, que matam os agentes agressores do organismo. O processo também aumenta as células de defesa. A novidade do estudo é a associação direta da atividade física com o câncer de pulmão. Quem subiu mais escadas e caminhou longas distâncias apresentou menos chances de desenvolver a doença, risco que diminuiu até mesmo entre os fumantes.

A explicação é que os exercícios tornam o sistema respiratório mais eficiente. “Há um aumento da ventilação pulmonar e também da quantidade de sangue circulante – o coração é forçado a bombear mais. Isso protege as vias respiratórias do acúmulo de agentes carcinogênicos, como os poluentes, evitando o desenvolvimento do câncer na região”, explica a médica Sandra Maksudo, no site klick saude, especializada em Medicina Esportiva e diretora do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafisc).