A mamografia detecta tumores não palpáveis
Este exame utiliza raios X em pequenas doses, formando uma imagem radiográfica das mamas. É considerado importante para o diagnóstico precoce, porque é capaz de detectar tumores muito pequenos (geralmente menores que 1 cm), antes mesmo de a mulher sentir o caroço no seio durante o auto-exame ou na avaliação clínica. Somente a mamografia mostra microcalcificações, ou seja, minúsculos pontilhados brancos que podem representar o câncer no estágio inicial, quando ainda é possível preservar a mama, retirando-se apenas a lesão. Essa leitura da mamografia, no entanto, só é eficaz nos tecidos moles das mamas. Isso explica porque é indicada a partir dos 40 anos (uma mamografia basal); dos 40 aos 49 anos (uma mamografia a cada 1 ou 2 anos); a partir dos 50 anos (uma mamografia anual). Mulheres com história familiar de câncer de mama devem iniciar os exames a partir dos 35 anos. Aquelas que se encontram em idade fértil devem marcar o exame após a menstruação, entre o 5º e o 10º dia do ciclo, quando as mamas estão menos sensíveis - a radiografia exige que a mama seja comprimida até ficar com uma espessura mais uniforme. As mulheres que não menstruam podem escolher qualquer dia para realizar o exame. Nessa fase, as glândulas mamárias contêm maior quantidade de gordura sendo, naturalmente, menos sensíveis. No momento está sendo difundido um novo método, a mamografia digital. A eficácia é a mesma da convencional, porém tem a vantagem de não ter o filme radiográfico, já que a imagem é processada de forma digital. Ainda são poucos os serviços que utilizam este método devido ao alto custo de aquisição do aparelho. Tempo de duração da mamografia: cerca de 15 minutos. Fontes: Dr. Nelson Neder Kalil, do Serviço de Oncologia do Hospital Moinho de Vento, Porto Alegre (RS), e médico especializado em Oncologia e Medicina Interna pelo American Board of Internal Medicine (A.B.I.M.); Dr. Gustavo A. de Souza, especialista em mastologia e professor titular de Ginecologia da Unicamp.