A verdade sobre um ataque de pânico
Se tem palpitações, quem sofre de um excesso de medo pensa que vai morrer. Verdadeiro. O organismo de alguém nessa situação reage com uma hiperoxigenação para colocar-se em alerta. Mas a reação subjetiva (a sensação da pessoa) é a de estar se afogando. Há um paradoxo, porque a pessoa sente que vai se afogar, mas não está se afogando, está se hiperoxigenando. A família pode, sem saber, acentuar o medo em uma vítima de ataque de pânico. Verdadeiro. Pode prejudicá-la sem saber ao forçá-la a fazer coisas a que a pessoa doente se nega. Também, ao acusá-la de covarde e de não querer enfrentar o mundo. A família deve ser consciente de que não se trata de uma simples fraqueza de espírito. Relaxar não é perder a força, mas sim perder o medo. Verdadeiro. Quando relaxamos e diminuímos os estímulos a que nos submetemos (filmes violentos, excesso de informação), evitamos gerar neurotransmissores em excesso. Algumas ordens psicológicas como “tenho que me acalmar e deixar de ter medo”, podem ajudar. Falso. O ataque de pânico, as fobias e até os pequenos medos reiterados constituem um problema eminentemente emocional. Portanto, não podem ser resolvidos pelo lado racional ou voluntário. A segurança irá se afirmando em relação ao vínculo com os outros. O ataque de pânico tem sintomas semelhantes aos das fobias. Falso. No caso das fobias, o medo se projeta para fora e é limitado a um só objeto ou situação. Por exemplo, a fobia de um gato ou dos perfumes. É "preferível" ter fobia a um animal que a viajar de metrô, porque a pessoa pode estar obrigada a viajar nele todos os dias para ir trabalhar. O ataque de pânico, pelo contrário, sempre é mais paralisante e intenso. Os medos sempre são diferentes. Falso. Embora se manifestem de diversas formas, no relaxamento profundo se percebe sempre o mesmo medo. Os especialistas o denominam medo primordial.