As conseqüências do estresse
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Ohio observou que nas mulheres com estresse freqüente, o nível dos principais componentes da cicatrização – interleucina 1 e 8 – apresentava um teor significativamente menor do que naquelas com baixos fatores estressantes nas suas vidas. Estudos prévios tinham sugerido que as altas concentrações sanguíneas de interleucina 1 e 8 ajudam a proteger contra uma série de infecções e facilitam a cicatrização do tecido lesionado. As mulheres que padecem estresse crônico podem sofrer abortos durante o primeiro trimestre de gravidez em uma porcentagem três vezes maior do que as mulheres que têm uma vida mais calma, segundo um estudo realizado em 584 advogadas. Os especialistas do Centro Médico da Universidade de Califórnia observaram que as mulheres que trabalham mais de 45 horas semanais apresentam maiores níveis de estresse (e maiores possibilidades de sofrerem abortos) quando comparadas com as que trabalham menos de 35 horas semanais. Uma equipe de pesquisadores da Tufts School of Medicine de Boston percebeu que o hormônio de liberação de corticotrofina (ACTH) estaria estreitamente relacionado com as mudanças que ocorrem na pele. Esses pesquisadores comprovaram que, diante de situações de estresse, o organismo produz altos teores de ACTH, que, por seu turno, estimula um tipo de glóbulos brancos específicos (denominado mastócitos) comprometidos com as reações alérgicas. Estes últimos ativam “uma cascata de eventos químicos” que produzem na pele, finalmente, os clássicos e incômodos sintomas de inflamação, descamação, inchação e coceira. (*) Fundación Centro de Estudios Infectológicos de Buenos Aires, Argentina